Papa Francisco fala sobre a Eucaristia
Papa Francisco fala sobre a Eucaristia
Queridos irmãos e
irmãs. Hoje falarei a vocês da Eucaristia. A Eucaristia coloca-se no coração da
“iniciação cristã”, junto ao Batismo e à Confirmação, e constitui a fonte da
própria vida da Igreja. Deste Sacramento de amor, de fato, nasce cada autêntico
caminho de fé, de comunhão e de testemunho.
Aquilo que vemos
quando nos reunimos para celebrar a Eucaristia, a Missa, já nos faz intuir o
que estamos para viver. No centro do espaço destinado à celebração encontra-se um
altar, que é uma mesa, coberta por uma toalha e isto nos faz pensar em um
banquete. Na mesa há uma cruz, a indicar que sobre aquele altar se oferece o
sacrifício de Cristo: é Ele o alimento espiritual que ali se recebe, sob os
sinais do pão e do vinho. Ao lado da mesa há o ambão, isso é, o lugar a partir
do qual se proclama a Palavra de Deus: e isto indica que ali nós nos reunimos
para escutar o Senhor que fala mediante as Sagradas Escrituras, e então o
alimento que se recebe é também a sua Palavra.
Palavra e Pão na
Missa tornam-se um só, como na Última Ceia, quando todas as palavras de Jesus,
todos os sinais que havia feito, condensaram-se no gesto de partir o pão e de
oferecer o cálice, antes do sacrifício da cruz, e naquelas palavras: “Tomai,
comei, isto é o meu corpo…Tomai, bebei, isto é o seu sangue”.
O gesto de Jesus
cumprido na Última Ceia é o extremo agradecimento ao Pai pelo seu amor, pela
sua misericórdia. “Agradecimento” em grego se diz “Eucaristia”. E por isto o
Sacramento se chama Eucaristia: é o supremo agradecimento ao Pai, que nos amou
tanto a ponto de dar-nos o seu Filho por amor. Eis porque o termo Eucaristia
resume todo aquele gesto, que é gesto de Deus e do homem junto, gesto de Jesus
Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem.
Então a Celebração
Eucarística é bem mais que um simples banquete: é propriamente o memorial da
Páscoa de Jesus, o mistério central da salvação. “Memorial” não significa
somente uma recordação, uma simples recordação, mas quer dizer que cada vez que
celebramos este Sacramento participamos do mistério da paixão, morte e
ressurreição de Cristo.
A Eucaristia é o
ápice da ação da salvação de Deus: O Senhor Jesus, se fez pão partido por nós,
derrama sobre nós toda a sua misericórdia e seu amor, e assim renova o nosso
coração, a nossa existência e a maneira como nos relacionamos com Ele e com os
irmãos.
É por isto que
sempre, quando nos aproximamos deste sacramento, se diz de: “Receber a
Comunhão”, de “fazer a Comunhão”: isto significa que o poder do Espírito Santo,
a participação na mesa eucarística se conforma de modo profundo e único a
Cristo, nos fazendo experimentar já a plena comunhão com o Pai que
caracterizará o banquete celeste, onde com todos os Santos teremos a alegria de
contemplar Deus face a face.
Queridos amigos,
nunca conseguiremos agradecer ao Senhor pelo dom que nos fez com a Eucaristia!
É um grande dom e por isto é tão importante ir à Missa aos domingos.
Ir à missa não
somente para rezar, mas para receber a Comunhão, este pão que é o Corpo de
Jesus Cristo que nos salva, nos perdoa, nos une ao Pai. É muito bom fazer isto!
E todos os domingos, vamos à Missa porque é o próprio dia da ressurreição do
Senhor. Por isto, o domingo é tão importante para nós.
E com a Eucaristia
sentimos esta pertença à Igreja, ao Povo de Deus, ao Corpo de Deus, a Jesus
Cristo. Nunca terminará em nós o seu valor e a sua riqueza. Por isto, pedimos
que este Sacramento possa continuar a manter viva na Igreja a sua presença e a
moldar as nossas comunidades na caridade e na comunhão, segundo o coração do
Pai. E isto se faz durante toda a vida, mas tudo começa no dia da primeira
comunhão.
É importante que as
crianças se preparem bem para a primeira comunhão e que todas as crianças a
façam, porque é o primeiro passo desta forte adesão a Cristo, depois do Batismo
e da Crisma.
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